Educação, diversidade e o encontro de saberes
Por José Luiz Ribeiro Guerra
A educação é uma jornada de descoberta, crescimento e transformação. Nas universidades essa jornada se intensifica, pois é onde os(as) estudantes mergulham em um oceano de conhecimento, desafiando suas perspectivas e expandindo seus horizontes. No entanto, para que essa experiência seja verdadeiramente enriquecedora, a diversidade desempenha um papel crucial, enriquecendo o ambiente acadêmico, estimulando o pensamento crítico e promovendo o aprendizado colaborativo.
Nas universidades federais essa diversidade é crescente, estimulada, entre outros fatores, pelo Sistema de Seleção Unificado, que oferece anualmente dezenas de milhares de vagas por meio da nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Essa mudança no processo seletivo, ocorrida há mais de 10 anos, tornou as universidades espaços cada vez mais multiculturais, agrupando estudantes de diferentes cidades e estados em um mesmo espaço. A política de cotas, que reservou 50% das vagas na graduação para estudantes egressos(as) de escolas públicas, pretos(as), pardos(as) e indígenas e pessoas com deficiência, garantiu o direito de ingresso ao ensino superior a uma população que talvez jamais tenha sonhado em entrar em uma faculdade, em razão de diversas conjunturas impostas pela realidade de cada um(a).
Na Unifesp, em especial, além das ações afirmativas listadas acima, a instituição se caracteriza também por ações específicas, como vestibulares para refugiados(as) e apátridas e uma licenciatura intercultural indígena, voltada para a formação de docentes indígenas que já atuam nas escolas de suas aldeias e que ainda não tiveram a oportunidade de acessar o ensino superior. Na pós-graduação stricto sensu da Unifesp, 30% das vagas de todos os programas de pós-graduação são reservadas para pessoas pretas, pardas, indígenas e com deficiência desde 2021, e outros grupos são agora, também, alvo de ações afirmativas.
Nesta edição da revista digital Tá Na Mão, pretendemos abordar a diversidade por diferentes prismas, seja na graduação, na pós-graduação ou na extensão. Esperamos que esse conteúdo possa contribuir para o entendimento da importância da diversidade na educação, ajudando a entender as demandas, buscar os caminhos e deixar uma reflexão acerca de um processo necessário não apenas para o ambiente universitário, mas especialmente para os(as) que se beneficiam diretamente desses processos.
Boa Leitura!
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